A Sexta-feira Santa, celebrada neste 18 de abril, marca uma das datas mais significativas para os cristãos. O dia relembra a crucificação e morte de Jesus Cristo, sendo considerado um momento de luto, introspecção e respeito entre os fiéis. A data integra a Semana Santa, que culmina no Domingo de Páscoa, quando é celebrada a ressurreição de Cristo.
Em todo o país, a Sexta-feira Santa altera rotinas, fecha repartições públicas e mobiliza comunidades religiosas. Celebrações litúrgicas costumam ser mais sóbrias, com igrejas silenciosas, fiéis em oração e encenações da Via Sacra sendo realizadas em várias cidades, especialmente no interior.
O simbolismo do peixe
Um dos costumes mais preservados nesse dia é a substituição da carne vermelha pelo peixe nas refeições. A tradição tem origem religiosa: a carne vermelha é associada à celebração e ao luxo, enquanto o peixe representa simplicidade, humildade e sacrifício. Para os cristãos, abster-se da carne é um gesto simbólico de respeito ao sofrimento de Jesus na cruz.
Além disso, o peixe possui forte ligação com o cristianismo primitivo. Nos tempos de perseguição, os primeiros cristãos usavam o símbolo do peixe como uma forma discreta de identificação entre si.
Mais que tradição, um convite à reflexão
Ainda que tenha raízes religiosas, a Sexta-feira Santa também provoca reflexões universais. A data levanta discussões sobre o perdão, a solidariedade e a empatia em um mundo cada vez mais acelerado e dividido.
Para além dos rituais, a mensagem central permanece: lembrar do sofrimento de Cristo como um chamado à transformação pessoal e ao compromisso com valores éticos e humanos.